Os impactos ambientais do ciclo da cana de açúcar e do álcool foram bastante reduzidos nos últimos 30 anos, mas justificam-se as preocupações com a expansão da cultura no Estado.
A expansão da área de cana foi 4,8% em média nos últimos 6 anos. Entretanto, só em 2006 o crescimento foi de 9,4%. Em 2006 a cana cobria cerca de 3 milhões de hectares no Estado. Em 2006 já eram mais de 4 milhões (Tabela 1) e estimam-se para 2010 algo próximo a 6,2 milhões de hectares.
A expansão da cana ocorre principalmente sobre as áreas de pastagens, onde há ainda bom potencial para a intensificação de manejo. Ainda assim, o rápido crescimento da área colhida de cana em São Paulo é razão para precaução, para se garantir a sustentabilidade em temas como:
- redução da queima da palha da cana pré-colheita, que emite poluentes para a atmosfera e que induz incêndios não controláveis;
- proteção de ecossistemas e manutenção da biodiversidade;
- reuso de água e proteção dos recursos hídricos;
- gerenciamento de agroquímicos.
Processo produtivo de açúcar, etanol e bioenergia
Sobre o etanol
- Baixo custo de produção;
- Induz criação de novas tecnologias;
- Pode substituir a utilização de combustíveis fósseis diminuindo emissão de gases de efeito estufa;
- Polui menos o ar do que os combustíveis derivados do petróleo, pois além de não conter o benzeno sua queima é mais completa.
- O bagaço da cana pode ser utilizado para gerar eletricidade através da cogeração;
- Possibilidade de duplicar a produção de etanol com a mesma área plantada, com o desenvolvimento tecnológico da produção de etanol de segunda geração;
- Cana absorve grandes quantidades de Co2 enquanto cresce;
- O etanol da cana-de-açúcar possui vantagens com relação ao etanol da beterraba e do milho.